terça-feira, março 31, 2015

O estranho destino de um clube de futebol!

Se fosse escritor já tinha título para o meu livro. Um livro peculiar. Conta a história de um clube de futebol cujo presidente, eleito pelos sócios, não manda no futebol. Recebe rendas, aluga instalações e anima uma série de actividades. Nos tempos livres sonha com campos abandonados.

No outro lado da realidade, contra todas as expectativas, o destino do futebol parece estar em Évora. Em prisão preventiva! Neste contexto, o enredo desenvolve-se, imprevisível, com alguns episódios picantes ou pitorescos - facadas, sombras de Grey, chantagens e outras cenas edificantes.

Se for escrito, poderá ser um best-seller. E posso garantir: - será escrito por mim, e só o compra quem quiser.


Saudações azuis

segunda-feira, março 23, 2015

O tempo e o modo

Não vi e o que vi não dá para sustentar uma opinião. Não ouvi e o que ouvi precisa de tempo para ser amadurecido. Sei que seria sempre muito difícil pontuar no Bessa contra este Boavista de combate, à imagem de Petit, e que possui um extremo de grande qualidade chamado Brito. Foi ele aliás que marcou o golo que definiu o resultado. Mesmo assim creio que o Belenenses nunca se desuniu, e poderia inclusivé ter chegado ao empate naquela recarga de Sturgeon. Mas isso já é outra história, que vem de trás e urge mudar pois não é admissível marcar apenas 25 golos em 26 jornadas, média que não chega a um golo por jogo, uma das piores da primeira Liga! Será este o problema principal que o novo treinador tem que resolver. No mais, Jorge Simão armou a equipa com os jogadores nas suas posições naturais (originais), Palmeira a central e Fábio Nunes no onze inicial. No entanto continua a fazer-me espécie a desaparição do Tikito que nem no banco estava! 
Mas vamos dar tempo ao modo do novo treinador.


Saudações azuis

terça-feira, março 17, 2015

Vamos a ver se a gente se entende!

Antes das eleições lavrava a polémica entre o antigo presidente do Clube e o presidente da SAD. O treinador entretanto queixava-se baixinho. Depois das eleições o presidente eleito tem-se mantido em sossego, e na minha opinião bem, pois quem não tem dinheiro não tem vícios. É uma verdade muito antiga.
Por seu turno as queixas de Lito começaram a subir de tom. Neste momento estão ao rubro.
Quem tem razão?! O antigo presidente António Soares que promoveu (ou propôs) a venda da SAD a quem pensou que lhe dava garantias?! O Lito que pretendia ser consultado sobre as aquisições, e não foi?! E mais recentemente sentiu-se atingido pelas declarações infelizes do presidente da SAD?! E aqui também vale um princípio antigo – ‘quem não se sente não é filho de boa gente’! Ou será que é o Presidente da SAD, Rui Pedro Soares quem tem razão na medida em que, desde que chegou, o Belenenses tem vindo a reerguer-se em termos desportivos?!
Para responder com honestidade a todas estas questões teria de estar na posse de informação que não tenho. Posso apenas adiantar uma frase retórica baseada na visível decadência do clube, na sua reconhecida ingovernabilidade - provávelmente todos têm razão quando dizem que os outros não têm razão!
O pior é que mesmo assim fica a sobrar qualquer coisa, e essa coisa é o Belenenses. Clube histórico, com muitos adeptos espalhados por esse mundo fora, e que sofrem naturalmente com tudo o que se está a passar.
Está pois na hora de acabarmos com as quezílias, olharmos em frente, e puxarmos todos para o mesmo lado. O Belém está primeiro.



Saudações azuis


Post Scriptum: Infelizmente a ruptura com o treinador Lito Vidigal consumou-se. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Uma coisa é certa, o Belenenses tem que respeitar a sua história, e não pode ser enxovalhado. Não é apenas o dinheiro que conta, há outros valores, e nós belenenses temos que os saber defender. O clube não nasceu para militar na segunda divisão, nem para ser satélite ou maternidade dos seus antigos rivais. Se o estado de necessidade e  a incompetência nos forçaram a vender a SAD isso não significa que estejamos dispostos a vender a alma. Um teste à credibilidade de quem nos dirige será o jogo com o Benfica no Restelo. Até lá, e pensando apenas no Belenenses, vamos confiar.

segunda-feira, março 16, 2015

Alguma infelicidade

Polémicas á parte, houve alguma infelicidade no empate com o Estoril. Quando saí de casa estávamos a perder, um penalty escusado, uma precipitação do Meira, e logo admiti que seria muito difícil dar a volta ao jogo. No caminho fui imaginando coisas. Imaginei que o Lito ía cumprir o meu postal, a táctica que sugeri, mas como sempre, exagerou! É o feitio dele! Não havia necessidade de tantas alterações!
Por exemplo achei estranha a ausência do Tikito, que nem no banco estava?! E o Carlos Martins, que é feito dele, pois não me consta que esteja lesionado?! Quanto ao Fábio Nunes já adivinhava que não entraria de início. Era pedir muito.
Eu sei que há motivos de força maior, abriram os saldos, e é preciso pôr o Dálcio na montra! Qualquer dia vendemos os infantis à nascença, os iniciados, as bancadas, os poucos sócios, cumprindo-se assim a parte mais amarga do nosso destino, que curiosamente continua a ser um ‘sonho’ para alguns: - sermos a equipa C do Benfica!
Mas vá lá, o Lito fez-me a vontade e colocou o Filipe Ferreira na esquerda, e de certo modo organizou o meio campo à minha maneira - com dois médios defensivos, e não havendo Carlos Martins, fez alinhar Tiago Silva. Uma boa aposta, diga-se. Está mais rápido a pensar e a executar!
Enquanto arrumava o carro percebi que já tínhamos empatado! Uma boa notícia, apressei o passo, cheguei, olhei à minha volta e senti esperança. E de facto conseguimos a ‘remontada’. Tiago Silva infiltra-se junto á linha de cabeceira, é tocado, e o árbitro marca penalty. Pelé converteu de forma superior! Mas faltava muito tempo e o vento soprava forte na direcção da baliza de Ventura.
O Estoril entretanto fez entrar Tozé, que rápidamente agarrou o meio campo. A nossa resposta não resolveu o problema. Fomos aguentando o barco até que um livre perigoso, desviou na barreira e traiu Ventura. O Estoril empatava quase no fim. Lito fez então, em desespero de causa, duas substituições tardias – entraram Fábio Nunes e Sturgeon. Não deu.


Saudações azuis


Notas finais:

Numa breve análise à prestação de alguns jogadores confirmam-se as expectativas sobre Dálcio - tem de facto enorme potencial, drible estonteante, inteligência de jogo, sentido do passe, e quando o seu futebol ganhar mais intensidade será, se continuar a crescer, um caso sério do nosso futebol. Parece que já está a ser negociado, mas quanto a mim prematuramente. Veremos se o Belenenses ganha alguma coisa com o negócio, ou se este é mais um passo num processo de satelização e subserviência aos interesses de outros clubes e outras organizações.
Já quanto ao nosso Pelé, nado e criado no Belenenses, não lhe fica bem expressar o 'sonho' de jogar no Benfica. Afinal um sonho tão vulgar! E fico mais uma vez penalizado pelo facto de não termos capacidade para promover uma cultura diferente nos nossos formandos. É triste.
Por último e a ser verdade o que se ouve por aí vamos lá ver se no jogo com o Benfica conseguimos arranjar onze jogadores que não estejam impedidos de jogar! Pelo menos dez que é normalmente o número com que acabam os jogos contra os encarnados. 

quinta-feira, março 12, 2015

Táctica para ganhar ao Estoril

Isto agora é… ‘ou vai ou racha’! Para ganhar precisamos de marcar, e para marcar precisamos de criar situações de golo, o futebol é um jogo simples. Mas se o Lito insistir em jogar em casa como tem jogado, está mais que visto que empatamos ou perdemos. Se resolver mudar talvez mudemos o fado do Restelo.

Muito bem, em primeiro lugar, e vou-me repetir, no tridente atacante terá que haver um extremo e já expliquei o que é um extremo, mas explico outra vez: - é aquele jogador com argumentos no um para um, e que procura instintivamente a linha de fundo para centrar ou invadir a área. Convém que jogue sem os ‘pés trocados’ para assegurar a qualidade do cruzamento. Qualidade do cruzamento em si, e qualidade no sentido que os nossos avançados ficam em vantagem, de frente para a bola.
Sendo assim, jogador com estas características só temos um – o Fábio Nunes e a jogar no flanco esquerdo. Se o pusermos a jogar no flanco direito, já não vai á linha, interna-se e procura o remate, o que é sempre pior solução. Quanto ao Dálcio, que também é extremo, ainda está muito verde para jogar de início.

O resto do ataque pode continuar como está, o Rui Fonte (ou o Camará) no centro e o Miguel Rosa a jogar atrás do ponta de lança, mais descaído sobre a direita.
No meio campo e para que seja possível jogar o Carlos Martins, temos que alinhar com dois médios de trabalho – Ricardo Dias e Pelé.
O quarteto defensivo mantinha-se com a inclusão do Filipe Ferreira no lado esquerdo para tirar partido, precisamente, do seu pé esquerdo.
De resto boa sorte que também é precisa!


Saudações azuis 


Nota: Depois disto, se a minha táctica falhar demito-me de treinador de bancada. Nem escrevo mais crónicas.

domingo, março 08, 2015

Com os pés na terra

Empatar em Setúbal nesta altura do campeonato, com os vitorianos a necessitarem de pontos para fugirem aos últimos lugares, não se pode considerar um mau resultado. No entanto, e a culpa é da carreira positiva que vimos fazendo, os adeptos querem mais, querem mais vitórias, o que é natural. Especialmente fora de casa, pois é para isso que a equipa parece talhada. Neste sentido, o resultado acaba por saber a pouco.
Noutra perspectiva e entrando já na análise da partida também se aceita que Lito ponha o Dálcio a jogar com o argumento de que é a única maneira de ganhar confiança e de crescer como jogador. No entanto, parece-me a mim, e julgo que a muitos outros treinadores de bancada, que seria mais lógico que entrasse com o jogo já definido, ou seja, na segunda parte. E de preferência nos jogos em casa onde o apoio dos adeptos é importante.
Uma última achega, aliás uma insistência da minha parte – queixa-se Lito que faltou alguma inspiração na hora de definir os lances de ataque. Concordo inteiramente e estou a pensar nos cruzamentos, quase todos realizados de forma deficiente. No entanto é preciso dar uma explicação sobre este assunto: - enquanto os extremos (ou quem lá aparece) estiverem a jogar com os pés trocados não podemos esperar grandes melhorias nesta matéria.
Agora é que termino e com dois conselhos de natureza técnica. Um dirigido a Ricardo Dias, e já é a segunda vez. Cuidado com o uso dos braços e mãos, em toques e faltas desnecessárias, mas que os árbitros marcam sempre.
O segundo conselho tem a ver com a forma caricata como se marcam alguns livres! Ontem voltou a acontecer e assim perdemos chances de criar perigo para a baliza adversária.
De resto… tudo mais ou menos bem.


Saudações azuis 

sexta-feira, março 06, 2015

Ser ou não ser…

A competição fica irremediavelmente condicionada quando os clubes, desde os jogadores aos adeptos, querem ou aspiram pertencer a outro clube concorrente. Seja ele qual for desde que seja (ou pareça) mais rico e mais forte! Chamam a isto subir na vida, eu chamo-lhe fraqueza e falta de espírito competitivo. Aliás seguindo esta lógica seríamos todos do mesmo clube! E os jogadores, no limite, pertencendo todos ao mesmo clube não teriam com quem jogar!
Sinal preocupante deste destino tem a ver com a exagerada predominância do dinheiro em todas as decisões que se tomam, como se fora um deus que devemos servir sem questionar! O mundo transformado num gigantesco mercado, um estranho mercado, diga-se, onde está tudo à venda mas os compradores são poucos. E amanhã ainda menos serão! Uma profecia que já esteve mais longe de se cumprir.

Mudando de assunto, já repararam que não há uma notícia, nem uma, que aqueça o coração dos verdadeiros belenenses! Descontando obviamente as pequenas alegrias, sempre sofridas, que o futebol nos tem dado.


Saudações azuis   

segunda-feira, março 02, 2015

Temos que aprender a jogar em casa

Perder é sempre possível, é um dos resultados do futebol e contra isso não há nada a fazer. Já me faz mais confusão perdermos tantos pontos em casa! Há-de haver qualquer coisa que está errada. Quanto a mim continuamos a entrar a medo, sem extremos, pois quer Miguel Rosa quer Camará nunca procuram a linha de fundo, unica forma de criar dificuldades às equipas que vêm ao Restelo para defender. Miguel Rosa puxa a bola para o meio e remata, às vezes despropositadamente. Camará não tem capacidade de drible para jogar na ala. Em contrapartida é um jogador que pode fazer golos, se for bem servido.
Portanto e por conseguinte não aproveitamos o factor casa logo de início, deixamos o adversário respirar, ganhar confiança, e se acontece um golo, corremos então atrás do prejuizo! É claro que podemos sempre colocar a seguinte pergunta: - mas existe algum extremo capaz de romper?! Existe sim senhor, chama-se Fábio Nunes mas normalmente fica no banco! Dálcio também é um extremo, e Lito fê-lo entrar mas nessa altura já o Paços ganhava, já estava confortável no jogo. Além de que Dálcio ainda não tem a intensidade de jogo que o Belenenses necessita para virar resultados. 
Resumindo, temos que aprender a jogar em casa contra adversários da nossa igualha. Temos que jogar as nossas armas logo de início. Temos que jogar com extremos, ou seja, com jogadores que procuram a linha de fundo para cruzar. 

Também podemos perder, mas é diferente.

Saudações azuis


Post Scriptum:

Revendo a partida confirmei aquilo que escrevi acima, ou seja, foi na segunda parte que criámos as jogadas mais perigosas, nomeadamente quando Dálcio jogou declaradamente no flanco esquerdo. Pena que tenha finalizado mal - centrou muito por alto de uma das vezes e rematou muito por alto na outra.
Outra conclusão que retirei foi a seguinte: - Nos jogos em casa Miguel Rosa tem que jogar mais perto da área, não se percebendo a insistência nas alas! isso admite-se na condição de visitante e no tempo em que tínhamos menos soluções na equipa. Quero com isto dizer que a entrada de Pelé justificava a permanência de Carlos Martins e que a sacrificar alguém seria o esgotado Sturgeon. Assim, o assalto final seria protagonizado por dois pontas de lança (Rui Fonte e Miguel Rosa) e um extremo esquerdo colado à linha - Dálcio. Na ala direita passariam os que tinham que passar.
É a minha opinião.