sexta-feira, julho 30, 2010

Assim vai a bola

Ainda não vi rolar a bola em Belém, oiço as notícias, leio alguns comentários, uns dizem que estamos a contratar bem outros dizem o contrário, o que é normal, mas não tenho opinião e por isso, sobre este assunto, reservo-me para uma melhor oportunidade.
Já sobre o futebol em geral acho pertinente dizer o seguinte:

A discriminação continua e o governo não se importa, pelo contrário, até a incentiva. Por exemplo, no acesso à Liga Europa, toda a atenção para o Sporting e pouca atenção para o Marítimo. Honras de transmissão televisiva em canal aberto para o Sporting e notícia de rodapé na goleada dos madeirenses! Pergunto, o governo só se preocupa com a discriminação sexual ou é impressão minha?!

Querem despedir o Queiroz à má fila e inventam desculpas de mau pagador. Por uma vez tenham dignidade e acabem com inquéritos às escondidas. Se a FPF (ou o Governo!) querem contratar outro seleccionador cheguem a acordo com o homem e paguem o que for preciso. Na terra dos homens é assim que se faz, no portugal dos pequeninos, não sei.

E falta a bicada da ordem no nacional-benfiquismo, claro que falta. Depois da fundação Benfica para a segurança social temos agora nova duplicação de funções no estado... e provável dupla tributação nos contribuintes! Então temos ministério dos negócios estrangeiros, com embaixadores, secretários, consules, eu sei lá, e aparece agora o Benfica a fazer o mesmo trabalho em Timor! E no resto do mundo! Mais um sinal dos tempos, pagamos aos funcionários públicos para fazerem um determinado trabalho e mal voltamos as costas ... surge uma empresa pública (carregada de administradores) a ocupar-se da mesma função! Isto é o quê?! Quem são os otários que gostam deste sistema?! Somos nós, claro.
Pão e circo, é disto que o meu povo gosta.

Saudações azuis

segunda-feira, julho 26, 2010

Limpar a casa

Bela iniciativa, um louvor a quem respondeu à chamada, e voltamos a chamar nosso ao nosso clube! A partir de agora antes de atirarmos uma beata para o chão, antes de transformarmos as casas de banho num chavascal, havemos de nos lembrar que aquela é a nossa casa e que andaram lá outros sócios a limpar o que estava sujo. Uma nova era que desponta e que esperamos acabe também com os abarracamentos que têm vindo a ‘ornamentar’ o Restelo ao melhor estilo do bairro da lata. Não é preciso muita imaginação, basta seguirem o plano original. Portanto, ainda bem que o espírito mudou e revela como são pequenos os gestos que revolucionam o mundo. Gestos educativos, que já se vêem.

“A situação é razoávelmente pior do que pensava, infelizmente há surpresas diárias”, assim se exprime o presidente do clube numa recente entrevista. É uma maneira elegante de retratar o naufrágio da nau azul. Nestas circunstâncias, que representam a verdade nua e crua, nem me atrevo a dar sugestões sobre isto ou sobre aquilo, reduzo-me à expressão que ficou célebre a propósito do Mantorras – deixem trabalhar a direcção.

Saudações azuis

sexta-feira, julho 23, 2010

Hoje é dia de escrita

E há sempre uma alminha a pensar – lá vai ele dizer mal de alguém ou de alguma coisa. E se tal pensou, acertou!
Começo pelos meus ódios de estimação, desde logo pelo nacional-benfiquismo, e para verter uma lágrima de crocodilo a propósito da Fundação Benfica. Mais uma fundação nesta república sem fundamento, a acrescentar a tantas outras que servem os mais variados fins, a maior parte deles ocultos. Bem, mas agora temos o Benfica a distribuir casas às vítimas das cheias na Madeira, gesto generoso e nobre, mas com muita televisão à mistura. Meteu Jardim, meteu propaganda política e metemo-nos mais uma vez pelos caminhos tortuosos da confusão entre clubes de futebol e actividades que fogem completamente aos respectivos fins. Talvez os eclécticos entendam isso, mas eu não entendo. Nem entendo que um clube que deve milhões (não me falem nos activos, está bem!), que recebe ajudas e subsídios de todas (ou quase todas) as entidades públicas e semi-públicas, me apareça agora no papel de mecenas?! A fazer de Santa Casa da Misericórdia?! Não diz a bota com a perdigota.
E que me desculpem as almas mais sensíveis, não estou entusiasmado com este tipo de caridade. Ainda sou do tempo em que um jogo de futebol com a receita a favor das vítimas seria o mais indicado… e mais compreensível.
Acresce que as fundações não foram concebidas para os clubes de futebol, e também sabemos que existem demasiadas fundações em Portugal! O que pode ser considerado suspeito. E permite neste caso imaginar que qualquer dia haveremos de ver a Fundação Benfica a emparceirar com a segurança social nas actividades caritativas! E sem querer lembrei-me das certidões falsas e das dívidas ao fisco que a Manuela recebeu em acções. Pois é, são más recordações, e para as evitar, vamos evitar mais confusões.

A bem da transparência…

sábado, julho 17, 2010

Boas notícias

Inscrição na Liga, autorização para inscrever jogadores, em resultado de certidões do fisco e da segurança social, são por certo boas notícias que contrastam com a habitual crónica depressiva que os jornais desportivos fazem questão de dedicar ao Belenenses. Sabemos no entanto que estas boas notícias não escamoteiam o mar de dificuldades com que se confronta esta direcção, são surpresas (desagradáveis) atrás de surpresas, indefinições, e aquilo que já suspeitávamos - a anarquia como forma de organização!
Mas há qualquer coisa a mudar, já se nota alguma firmeza nos novos dirigentes, e sobretudo uma política de verdade. Aleluia.
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Saudações azuis

quinta-feira, julho 15, 2010

Só não vê quem não quer…

Andamos aqui a martelar há não sei quanto tempo, mas parece que só agora é que se começa a escancarar a realidade de um clube cheio de vícios, cheio de tudo menos daquilo que é preciso – seriedade e competência. E ainda a procissão vai no adro…
Repetidas vezes dissemos que o futebol é a mola real do Belenenses, é pelo futebol que crescemos e é pelo futebol que minguamos. O andebol, o basket, o râguebi, etc., chegaram na euforia do futebol e pela mão de dirigentes que não gostavam (nem percebiam) de futebol. Uma verdade antiga, custosa de engolir, mas verdade. E que outra explicação podemos encontrar para a decadência do futebol belenense?!
Eu sei que é mais fácil falar no ‘sistema verde/rubro’, que sempre existiu e existe, no menor apoio comparativo das entidades públicas, o que também é verdade, nos árbitros, enfim, numa série de factores para justificar ou ignorar a primeira das causas – a partir de certa altura fomos menos competentes que a concorrência.
E durante muito tempo continuámos convencidos que o tempo voltava para trás! Continuámos a eleger dirigentes que subiram através das modalidades e esperámos o milagre! Não há milagres desses.
Ainda há pouco tempo li opiniões favoráveis ao eclectismo do Belenenses, como se isso fosse possível, como se isso fosse natural num clube vocacionado para o futebol, como se esse fenómeno proliferasse nos países mais civilizados! Nos países onde o desporto é muito mais evoluído que o nosso! Não, não é isso acontece. Como já expliquei mil vezes, o que acontece em Portugal, e cada vez menos em Espanha, é (ou foi) o resultado de uma política desportiva baseada em ditaduras políticas que utilizavam o desporto para propaganda do regime. Isso em Portugal ainda não acabou, e daí o nosso persistente atraso desportivo. Para não falar no resto.
É tempo de corrigirmos a situação – o que é do futebol é para o futebol. O que é da política é para a política. As modalidades devem desenvolver-se através de clubes/modalidade.
Nada como uma boa crise para percebermos tudo mais rápidamente.

Saudações azuis

Notas básicas:
Esta é uma opinião que não interfere com o apoio que sempre dei a qualquer atleta ou equipa que represente o Belenenses.
O caso do futsal pode constituir uma excepção enquanto pertencer à mesma federação que o futebol.

terça-feira, julho 13, 2010

Sete dias depois

A Espanha ganhou, a França comemora amanhã a sua guerra civil, Coentrão está a ser vendido pela comunicação social portuguesa a troco não se sabe de quê, o Belenenses inicia a sua travessia do deserto. Estamos onde estamos e é a partir daqui que temos que caminhar. Pouco interessa falar do passado, inclusive do passado recente onde (segundo parece) mais uma vez demos um tirinho no pé. Normal, já nem damos pelo tiro!

Olhemos então o futuro – um treinador que conhece a casa, tem fama de disciplinador, o que é positivo, é jovem, tem obrigação de ser ambicioso.
Jogadores há muitos e se estivemos atentos ao mundial que decorreu na África do Sul, verificámos que o colectivo (humilde e solidário) triunfou sobre o vedetismo inútil. Isto tem tudo a ver com o nível de quem comanda, com a educação versus selvajaria, e outras pequenas grandes coisas que já fui aflorando… aqui e ali.
Venham pois juniores ou jogadores entradotes, o que precisamos acima de tudo é de comportamentos adultos, aquilo a que o vulgo chama de homenzinhos.

A travessia do deserto será dura, acabaram-se para já os sonhos de grandeza, nem esses sonhos serão úteis, pois não deixam de ser sonhos. Melhor será assumir a realidade e construir a partir daí uma base segura para outros voos. É verdade que investir em Portugal (seja no que for) não compensa, mas sejamos ao menos um bocadinho mais inteligentes que a concorrência. Pode ser que o tempo corra a nosso favor.

Saudações azuis

terça-feira, julho 06, 2010

Um país à sede

Sagres, Vitalis, agora Oranjina, amanhã capilé, o calor aperta e Portugal não tem outro remédio senão beber aquilo que lhe aparece pela frente. Pois muito bem, não podendo ser Sagres, bebamos então a tal orangina, filha ou bisneta da laranjina C, que bebíamos com satisfação para ficarmos com mais sede! A palavra de ordem para todos, de cima a baixo, é respeitar o Clube. Se os dirigentes o respeitarem o exemplo transmite-se em todos os planos e direcções. E os que chegam apercebem-se disso e respeitam também. Importante que os cargos de capitão de equipa sejam entregues, não apenas aos filhos da casa (se ainda os houver!) mas a quem tenha perfil para tal. O perfil detecta-se em campo, emerge nas dificuldades, impõe-se no balneário.
A finalizar este intróito, e como é costume, o Belém Integral endereça aos novos dirigentes as maiores felicidades no desempenho dos cargos para que foram eleitos.

Quem continua com sede de protagonismo é o pobre do Cristiano Ronaldo, a imagem viva dos ídolos do nosso tempo. Pensando doirar a pílula que foi a sua participação no mundial, o seu staff de imagem (!) não achou melhor ideia do que transformar o madeirense num pai solteiro! Que lindo!

Outra novidade lusitana, pós mundial, são as homenagens aos grandes vultos da selecção, porque afinal, e eu não sabia, tivemos um comportamento a todos os títulos meritório! Vai daí, festa nas Caxinas, Coentrão recebido em glória, e o rapaz não se fica por menos, já se considera o melhor defesa-esquerdo do mundo!

Marca registada da nossa televisão, sem novidade, é a obrigatoriedade de falar no Benfica! Seja o Ghana contra o Uruguai, sejam os camarões contra as santolas, o Benfica tem que entrar em jogo! Até faz sede!

Saudações azuis

segunda-feira, julho 05, 2010

Ser belenense

Ser belenense…
É ter um só coração
Olhar o rio
A pensar no mar
Pegar na Cruz
Sem saber rezar!

É escolher o azul para bandeira
E ser fiel a vida inteira!

Fiz estes versos na caixa de comentários do blogue - Belém Livre, no dia 17/05/09. É uma boa altura para os publicar aqui, onde nasceram.

quinta-feira, julho 01, 2010

Eleições

No próximo sábado o Belenenses vai mais uma vez a votos. Mais uma vez ou uma vez mais e não será por falta de eleições que não ganhamos um campeonato há um ror de anos! Mas vai a votos e vai escolher entre duas listas concorrentes que, louve-se a coragem de ambas, se disponibilizam a tomar conta do clube em época de vacas magríssimas e com o futuro bastante comprometido.
Estamos portanto em tempo de contenção, incluindo a escrita que cada vez apetece menos escrever sobre o Belenenses. Mas tinha que alinhavar ao menos duas linhas, repetitivas, como convém em época de cata ventos.
Sem enganos nem esperanças vãs o Belém Integral sempre pugnou pela rotura ao contrário da evolução na continuidade que tem sido a regra geral neste clube. Por isso, o Belém Integral sempre perdeu as eleições.
Existe agora uma nova oportunidade para experimentar outras soluções, com gente nova, e assim pergunto, sem qualquer menosprezo pela outra candidatura que aliás já saudei – será desta?!

Saudações azuis