quinta-feira, setembro 20, 2007

Munique a duas vozes

Segui o jogo na RTP e tenho naturalmente duas opiniões opostas. Por um lado sou tentado a alinhar na canção nacional e ficar feliz com a exibição e com o resultado tangencial. Afinal não fomos esmagados pelo ‘colosso’ germânico! Mas se me abstrair do nome do adversário detecto inúmeras deficiências na nossa equipa e que bem poderiam não ter acontecido. São deficiências que não têm nada a ver com Munique, que se verificam também nos jogos disputados no Restelo, como sejam, a inexistência de uma referência atacante que saiba simplesmente receber a bola e temporizar a jogada, por forma a que ela não se perca em poucos segundos. Estas falhas técnicas também se estenderam ao meio campo, no capítulo do passe, e em momentos decisivos, naqueles em que tínhamos algumas chances de criar perigo. E foi pena porque em termos tácticos estivemos quase perfeitos, com uma defesa em linha a colocar enormes dificuldades aos avançados do Bayern, apanhadas inúmeras vezes em fora de jogo. Mas o desafio teve duas partes distintas, na primeira, por causa do nervoso miudinho, lateralizámos em excesso, ninguém queria assumir responsabilidades, nomeadamente Amorim de quem se esperava uma atitude mais personalizada. No segundo tempo Jesus deve ter espicaçado os jogadores que se apresentaram mais desinibidos conseguindo então desenvolver o seu futebol, e durante vinte minutos o Belenenses pareceu poder discutir o jogo e o resultado! Mas as carências atacantes frustraram as melhores intenções. Precisamos de um avançado de categoria indiscutível, que domine o básico daquela posição decisiva. Era suposto ser o Weldon!
Nota alta para o centro da defesa, Devic incluído, e para Costinha! Alvim esteve esforçado, José Pedro e Silas no melhor e no pior, Amorim melhorou na segunda parte.
As substituições não resultaram, apenas Amaral cumpriu.
Na segunda mão temos hipóteses... mas é preciso marcar golos.
Resultado final: Bayern de Munique 1 - Belenenses 0
Saudações azuis.

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