segunda-feira, dezembro 28, 2009

Um campeonato tranquilo!

Ora aqui está uma expressão a evitar, podemos pensar nisso mas nunca dizê-lo em voz alta. Sabemos do comodismo e de outras tendências próprias do género humano, por isso não devemos facilitar. Não existem campeonatos tranquilos e se esperamos pelo próximo jogo para corrermos a sério, para jogarmos no limite, estamos perdidos, pois tal como reza o ditado – ‘não deixes para amanhã o que podes fazer hoje’.
A talhe de foice vem o diagnóstico da crise segundo li num jornal:

- Um plantel pensado para a divisão de Honra;
- Juniores (estreantes na Liga) como reforços;
- Praga de lesões;
- Atraso no pagamento dos salários;
- Excesso de pressão nos jogos realizados no Restelo;

Podemos aceitar, discutir ou discordar de todas ou algumas destas razões, mas sempre teremos que acrescentar mais uma, quanto a mim essencial, a saber:
- Uma direcção que se candidatou (e foi eleita) sem os meios necessários para enfrentar as dificuldades mais do que esperadas, nomeadamente em termos de tesouraria. A ‘cena’ da inscrição na Liga Sagres é algo de caricato e trágico ao mesmo tempo. Nem que fosse preciso fechar o Restelo, o Belenenses tem que ter (sempre) condições para se inscrever no campeonato de futebol. Começa aqui a diferença de prioridades e a diferença entre o ser ou não ser… belenense.
Ah, as dificuldades dos outros clubes, etc., são as dificuldades dos outros clubes.

Mas olhemos em frente, temos um novo treinador, a quem desejamos boa sorte, porque vai precisar dela, e já se fala num defesa central. Muito bem, mas não se esqueçam de um jogador que saiba (e não se importe de) ter a bola, e já agora um extremo rápido, com pés de extremo – drible curto em pouco espaço, ou então excesso de velocidade em drible largo.

Saudações azuis

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Boas Festas

O Belém Integral deseja a todos os belenenses um Bom Natal e renova os votos de melhores dias para o Clube.
Saudações azuis.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Perfil

Despedido o treinador entramos agora numa nova (velha) aventura – encontrar alguém (capaz) que queira pegar no Belenenses Não vai ser fácil, porque treinar o Belenenses não é tarefa fácil, daí a recusa (inexplicável em qualquer parte do mundo) do actual treinador dos juniores! Sim, quem é que não gostaria de ascender na carreira, trocando os juniores pelos seniores?! A resposta a esta questão encerra toda a problemática do Clube. Por isso os treinadores com alguma ambição ou que querem preservar a sua imagem evitam correr riscos num Clube como o Belenenses. E o que se passa com os treinadores passa-se também com os jogadores – vêm para aqui sem ilusões ou se as têm perdem-nas rápidamente e acomodam-se à rotina.
Jorge Jesus foi excepção a esta regra. E a explicação é simples – Jesus, para além de ser um trabalhador incansável, desempenhava no Belenenses todas as funções do departamento de futebol, e não só.
Pelos vistos, este é o único perfil que serve ao actual Belenenses. Alguém que mande, que se imponha aos jogadores, que os obrigue a trabalhar no duro, que se sobreponha à direcção, que reduza as modalidades à sua verdadeira expressão, garantindo assim o império do futebol. No fundo o que precisamos é de um presidente-treinador. Ora esta figura não consta dos estatutos e ainda que constasse sempre se indagaria para que serve afinal o resto da direcção! Mas é uma figura destas que precisamos de contratar. O preço não interessa, porque sai sempre mais barato que qualquer outra solução.

Saudações azuis.

Olhem para o futebol

“Só se o Sporting quer ser o novo Belenenses… mas isso é um problema dos sócios…”, palavras de Rui Santos no ‘Tempo Extra’ referindo-se à presente situação do Sporting, resignado, tal como nós já nos resignámos, primeiro ao meio da tabela e últimamente ao grande objectivo de não descer de divisão.

Perdemos em Leiria, talvez por falta de sorte talvez por falta de ousadia, mas temos que ser sérios, ainda que tivéssemos ganho, não temos uma equipa competitiva, uma equipa à altura dos nossos pergaminhos. Para que uma equipa seja competitiva é necessário em primeiro lugar que esse espírito exista, já não digo nos associados, mas na direcção. E esse espírito não existe, os adeptos sentem-no, e vão abandonando o clube, vão deixando as bancadas desertas.
Volto a repetir, o Belenenses precisa desse espírito e precisa de se reforçar. Se não há sabedoria para com pouco dinheiro fazer as omeletas, então tem que haver mais dinheiro para compensar a falta de sabedoria. Se a direcção (está visto que não tem sabedoria) não consegue inventá-lo, então deve dizer isso aos sócios e apresentar a sua demissão. Porque cada dia que passa é um adiar do destino, é mais um passo no abismo.

Dizem-me que foi um jogo equilibrado, que sofremos um golo em condições similares ao golo sofrido frente ao Guimarães, ou seja, quando o adversário passou a jogar com dois pontas de lança. Coincidência?! Incapacidade do treinador em reagir à substituição?! Incapacidade da defesa (ou do sistema defensivo) em acertar agulhas?! Não sei.
Mas sei que os jogos equilibrados se resolvem nos detalhes e esses detalhes não constam do plantel: - mais experiência, um meio campo mais produtivo, um ataque mais eficaz. E o tal espírito vencedor.

E aí estamos, nos lugares de descida, quando falta apenas uma jornada para que se cumpra a primeira volta. E que diz a direcção sobre isto? Sobre reforços?! Diz que estão no plantel, mas lesionados!
Não pode ser verdade, ou então andam a brincar com o Clube.
O Belenenses precisa urgentemente de um playmaker efectivo, daqueles que criam desequilíbrios, que unem a equipa; precisa de um flanqueador, um ciclista veloz e com capacidade de drible; e precisa de um goleador efectivo. Lá atrás não precisa de grevistas mas de jogadores concentrados e disponíveis.
Três a quatro aquisições, jogadores experientes, certezas para entrarem directamente na equipa, porque promessas já lá existem.
E podem ser comprados, emprestados, dados, em leasing, não interessa, têm que vir, quanto antes, porque as outras equipas (concorrentes) também se irão reforçar em Janeiro.
Isto se queremos ficar na Liga Sagres.
Quanto ao treinador não me alongo, é assunto sério de mais para dar palpites, uma coisa é certa, seja este ou outro, sem reforços é Vitalis pela certa.

União de Leiria 1 – Belenenses 0

terça-feira, dezembro 15, 2009

Ponto de ordem

Disciplina e algumas rectificações:

Se é verdade que o Diakité andou a ensaiar greves de balneário, seja qual for o motivo, deve ser-lhe instaurado um processo disciplinar (sumaríssimo), e no caso de se confirmar a infracção, terá de ser punido de forma exemplar. Como é costume no Restelo já se ouvem vozes a defender o jogador com o argumento dos salários em atraso, e como é costume no Restelo a Direcção opta pelo silêncio expondo ainda mais o treinador. Mas repito, se é verdade o apelo à greve, se é verdade o motivo invocado, então é preciso explicar ao Diakité que o seu contrato é individual e por isso, no caso de estar descontente, só deve gerar uma reacção individual. E é bom não esquecer que o seu contrato é tão individual que até incluiu a possibilidade de faltar a um jogo importante para casar!
O Diakité também pode queixar-se ao sindicato, não pode é liderar rebeliões colectivas contra a sua entidade patronal, que afinal apenas se atrasou alguns dias no pagamento do que era devido. Não sou a favor destes atrasos, e já sabem o que penso desta direcção (e de quem votou nela) mas não embarco em movimentos ou atitudes que só prejudicam o Belenenses. Aliás, este espírito esquerdote que anima o Restelo, contribuiu largamente para a decadência e desaparecimento de muitos clubes do sul, no qual se inclui, infelizmente, o nosso. As características destes associados não enganam – sempre a favor dos culpados em desfavor das vítimas (no melhor estilo do processo da Casa Pia), sempre com panos quentes, sempre a favor da indisciplina. Assim não vamos longe.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Arroz celestino

As últimas imagens são as que ficam e são dois lances capitais. Num deles, no primeiro, a defesa desposiciona-se, Arroz é batido pelo recém entrado Roberto que cabeceia para um companheiro fazer o golo. Estava aberto o activo, a meio da segunda parte, o Vitória de Guimarães tinha o jogo na mão. Para piorar as coisas André Almeida é expulso na sequência de uma disputa de bola pelo ar, talvez uma cotovelada, no local onde estava não me apercebi da ocorrência. Ainda assim, fazendo das fraquezas forças, carregámos na procura do empate, correndo o risco de sofrer o segundo golo (que esteve à vista por duas vezes) até que a poucos minutos do fim Celestino tem a baliza aberta para uma recarga aparentemente fácil, mas falha rotundamente. As hipóteses de empate terminaram aí.

Voltando atrás, à primeira parte, pode dizer-se que o sistema táctico para parar o Guimarães até funcionou, o pior é o resto, ou seja, exercermos algum domínio, empurrarmos o adversário para o seu reduto, isso não funcionou. Aliás, essa parte do jogo, aquela que conduz às vitórias não faz parte do actual Belenenses. Aqui e ali, fabricam-se umas jogadas com interesse, Yontcha vê-se que é um bom jogador, Lima, apesar de algumas dificuldades de recepção, é um avançado perigoso e rematador, mas isto não chega. Como já se tem dito, o meio campo não tem meio-termo, ou é tecnicista mas excessivamente macio, caso de Ivan (mas que apesar da má vontade dos sócios é o melhor centro campista que temos) ou é excessivamente rude e trapalhão, caso de Gabriel Gomez, ou então está demasiado verde, casos de André Almeida, Celestino e Pelé. Por isso não conseguimos a necessária consistência, quer na posse de bola, quer no seu destino.
Se somarmos todas estas insuficiências e subtrairmos as qualidades, que também existem, ficamos com um saldo muito curto, que não resiste, por exemplo, a ausências de alguns jogadores nucleares. Estou a referir-me a Diakité.
Resumindo e concluindo: - a continuarmos assim, e tal como já escrevi, os nossos adversários para a descida de divisão, são o Olhanense, o Vitória de Setúbal e talvez o Leixões.

Saudações azuis (cada vez mais pessimistas)
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.Errata: O autor do golo foi afinal Roberto que recebeu a bola cabeceada por Douglas. Fica a correcção embora não tenha qualquer influência na croniqueta que elaborei. O marcador foi uma questão secundária. O importante, o que não podia ter acontecido, tem a ver com a desconcentracção defensiva face à entrada de um segundo ponta de lança na equipa do Guimarães. Isso e o indispensável acertar de agulhas é que falhou. Portanto, a responsabilidade não é só do Arroz mas de todo o sistema defensivo.

Previsão

Muito frio, menos capacidade nas alturas, possível queda ou tropeção, ainda não é desta que caímos na linha de água. Só uma certeza, vou lá estar, mais uma aventura para o espírito, mais um desarranjo na vesícula, mais um desafio à gripe suína, afinal benigna para a terceira idade!
Tradicionalmente vencemos os conquistadores, o berço dá-se mal com o azul da descoberta… mas onde é que isso já vai!
Uma pergunta: cadê o Diakité? Sumiu! Foi vendido para tapar buracos? Vai casar outra vez?! Ou será salário que ficou por pagar?
De qualquer modo e quaisquer que sejam as explicações, cito Variações – a equipa é que paga. E depois não me venham com a história da incompetência do treinador, porque ficar sem o pilar defensivo e pelos vistos (presumo) sem o activo mais valioso (aquele que tem procura) o único central que usa o pé esquerdo… num jogo vital… não me digam que é problema fácil de resolver.
Está bem, jogam onze na mesma, e todos esperamos que lutem pela vitória contra o Vitória.
Já agora, publica-se este postal? Vale a pena?

Saudações azuis

terça-feira, dezembro 08, 2009

A poeira dos dias

O autor do ‘Canto Azul ao Sul’ remata certeiramente quando se refere ao dinamismo da SAD benfiquista e à recente criação de um fundo de investimento de jogadores (Benfica Stars Fund), comparando esse dinamismo com a habitual inércia azul. É bem certo que a comparação não é linear pois não é possível comparar a cobertura e apoios que o Estado dá (e empresta) ao Benfica com aquilo que estaria disposto a garantir ao Belenenses. E quando falo de Estado incluo naturalmente os bancos nacionalizados ou semi-nacionalizados. Mas mesmo com todas as reticências, os bons negócios são sempre bons negócios e os bons investimentos podem ser maiores ou menores mas são sempre investimentos rentáveis. Portanto nesta matéria desde que haja uma boa ideia, bem estruturada, suficientemente inovadora, alguma capacidade de risco, e sendo bem conduzida, poderá tornar-se um êxito. A pessoa ou clube que a conseguir levar à prática beneficiará por certo.
E isto não é novidade para o Belenenses porque o Belenenses foi sempre um ‘expert’ em matéria de inovação. Aliás foi esse sentido de inovação (ou descoberta) que nos fez crescer e ombrear com os grandes. Senão vejamos: - construímos o primeiro campo relvado; o primeiro estádio iluminado; fomos pioneiros na implementação de novas tácticas e técnicas de marcação; quando foi necessário descobrimos outros mercados como o argentino e africano; contratámos treinadores de renome internacional e até no Bingo conseguimos ser melhores do que os rivais.
E a pergunta impõe-se: - o que aconteceu entretanto?! Os dirigentes perderam qualidade?! Os sócios tornaram-se menos exigentes?!
Alguma coisa aconteceu para vegetarmos nesta pasmaceira, vermos os outros a subirem, sermos ultrapassados por toda a gente! Sem mexer uma palha!
Por este caminho temos os dias contados, é preciso reagir, não é daqui a três ou quatro anos, já nada funciona assim, o dinamismo é a regra do jogo, no campo e fora do campo, é preciso acelerar o passo, em Dezembro temos que reforçar a equipa, é preciso inventar dinheiro, porque quem não tem dinheiro (ou crédito) não consegue uma boa equipa de futebol, uma equipa que chame o público (isto não vai lá com sócios), uma equipa para ganhar, para se manter na primeira Liga. Para discutir os lugares de cima da tabela. Antigamente teria escrito ‘para discutir o título’.
Não há alternativa porque a alternativa é acabar.

Saudações azuis.

domingo, dezembro 06, 2009

Rio Ave 0 - Belenenses 0

Em jogo disputado sob forte temporal, num campo quase impraticável, o Belenenses conseguiu sair de Vila do Conde com um ponto na bagagem. E fez por isso, lutou, correu, adaptou-se às condições do terreno, que só permitiam o chutão para a frente, e dividiu com o adversário, de acordo com o vento, a preponderância nos noventa minutos. Pena que na segunda parte, quando a ventania soprava a nosso favor, tivéssemos estragado algumas jogadas com foras de jogo desnecessários, como também foi pena termos desperdiçado alguns cantos. Pois como se sabe, nas condições climatéricas verificadas os lances de bola parada são sempre muito perigosos.
Em termos colectivos continua a notar-se alguma distância entre sectores, especialmente o ataque que viveu muito isolado. E viveu isolado porque a equipa tem medo de subir no terreno!
Em termos individuais é justo salientar a boa exibição de André Almeida, e de uma maneira geral todo o sector defensivo. A excepção foi Mano, algo displicente e com muitas dificuldades para travar Bruno Gama.
Em resumo e atendendo às condicionantes descritas não foi mau.
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Saudações azuis